tag:blogger.com,1999:blog-2743358538710111384.post8046230098963794641..comments2023-10-11T14:58:46.747+01:00Comments on Ventos do Universo: Os Lusíadas: significado da epopeia (3)Zé Diashttp://www.blogger.com/profile/12611666981934870239noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-2743358538710111384.post-56778630953936823612011-06-10T10:41:42.471+01:002011-06-10T10:41:42.471+01:00Claro que fico muito contente com a sua observação...Claro que fico muito contente com a sua observação. Mas não esqueça que para falar de Camões e de Os Lusíadas é preciso ser mesmo especialista. Eu apenas sou um apaixonado por esta epopeia. Mas, como referi na apresentação deste blog, o que quero é divertir-me a sonhar que sei coisas e a partilhá-las desafiando o espírito crítico dos leitores. Está feito o aviso!!!<br />Eu apaixonei-me por Os Lusíadas, quando os encontrei no programa de Português do 5º ano do Seminário, onde andei oito anos. Tenho a ideia de que nenhum colega o suportava. Mas para mim… aquela rima, aquele jogo de vogais sonoras ou surdas para descrever as situações físicas e psicológicas, as figuras de estilo, a mitologia e a filosofia subjacentes.<br />Depois veio a paixão pela Eneida, fonte inspiradora de tantas passagens camonianas, a começar pela abertura: “Arma virumque cano, Trojae qui primus ab oris”. Também fazia parte de um dos programas de Latim traduzir parte da Eneida. Achei imensa piada à métrica latina, por não se basear na rima, mas em pés (neste caso 6: hexâmetro), constituído por sílabas breves (b) e longas (l). Escandir – fazer essa divisão de cada verso em pés – dava-me muito gozo. Como o meu teclado não permite escrever um verso indicando o tipo de sílaba, aqui deixo um exemplo que tirei do Google: Cūi nōn | dīctŭs Hў|lās || pŭĕr | ēt Lā|tōnĭă| Dēlŏs (VIRGÍLIO, Georg. III,6): ll (espondeu) | lbb (dáctilo)| lbb |ll | lbb | lb (já não sei o nome deste pé).<br />Depois vieram os poemas homéricos. Por acaso já os leu na tradução excepcional de Frederico Lourenço (FL)? É uma delícia. Eu, que também dei uns anitos de grego clássico e que considero o alfabeto grego o mais caligráfico (que letras lindas!), aproveitei para copiar os originais de algumas passagens que mais gostei. E não é que no meio daquele monumento dei com uma pequeníssima fissura. Na Ilíada XXIV (Ω), 399, FL, por distracção, traduziu: “teve seis filhos e eu próprio sou o sexto”. O original é <br />έξ δέ οί υίες έασιν, έγώ δέ οί έβδομός ειμι (faltam aqui acentos e espíritos)<br />έξ υίες = seis filhos, mas<br />έβδομός = sétimo e não sexto.<br />E finalmente as primeiras obras primas: <br />- o Enuma elish (Quando no alto): é interessante comparar a criação do homem neste poema (produto dos aspectos negativos dos deuses e para ser seu criado) com a do Génesis da Bíblia (feito à imagem e semelhança de Deus para cultivar e guardar o jardim”) e<br />- o Poema de Gilgamesh, que relata a longa e perigosa jornada na eterna busca, constante e nunca conseguida, do homem, pela imortalidade: quando Gilgamesh encontra a flor ou erva da imortalidade, entende que tem direito a descansar e vai tornar o seu banho. Entretanto surge uma serpente (sempre a serpente) que lhe rouba a flor e ele fica sem nada!<br />Um abraço.Zé Diashttps://www.blogger.com/profile/12611666981934870239noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2743358538710111384.post-264508159685443922011-06-08T21:17:55.447+01:002011-06-08T21:17:55.447+01:00Excelente seu artigo de análise dOs Lusíadas!!!Excelente seu artigo de análise dOs Lusíadas!!!Khellhttps://www.blogger.com/profile/13659292163708556952noreply@blogger.com